Em A Paulista não termina na Consolação, Leo Gaede propõe um percurso lírico pela icônica Avenida Paulista, em São Paulo. Nesse movimento, os edifícios se desmontam e se remontam na forma de poemas – é um convite para o leitor pegar o livro nas mãos, flanar na avenida e procurar os prédios neste guia poético e nada turístico. Não se trata de retratar a cidade de modo fidedigno, mas de atravessar uma versão da capital paulista com o corpo aberto a experiências, arquiteturas, vozes, espaços, toques.“A Paulista não termina na Consolação é um livro para caminharmos com ele na mão. Quem quiser checar um a um os números dos lugares por onde o livro passa pode ficar à vontade. Mas eu o vejo como um livro para caminharmos com ele não porque precise da grande avenida de companhia. Este livro até pode funcionar como legenda para a rua. Mas acho que ele rende bem mais do que isso. O mundo todo cabe nele não porque o mundo todo cabe na Avenida Paulista, mas porque a Avenida Paulista cabe num livro, aliás, outros lugares também cabem neste livro. Pouca gente sabe, mas alguns livros de poemas podem fazer isso.” (Leonardo Gandolfi)