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A peste
viver a morte em nosso tempo
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Marcado pela pandemia de covid-19 e a invasão russa à Ucrânia, o início da década de 2020 exacerbou as discussões sobre o valor da vida humana. Entre os extremos das correntes de solidariedade e da exibição de diferenças sociais, o mundo teve a chance de se olhar no espelho e perguntar: quais vidas importam?
Foi a partir de questionamentos como esse, potencializados pelo acompanhamento diário da tragédia durante o lockdown, que a psicanalista e crítica inglesa Jacqueline Rose lançou-se neste poderoso ensaio sobre a morte em nossos tempos. Para tanto, ela buscou respostas nas obras de intelectuais que se propuseram questões semelhantes em seu tempo: Albert Camus, Sigmund Freud e Simone Weil.
A autora começa seu percurso pelo romance homônimo de Camus, em que a população de uma cidade da Argélia, então colônia francesa, se vê às voltas com uma epidemia devastadora. Novamente best-seller em razão dos danos causados pelo coronavírus, o livro de Camus desnuda o modo como os homens lidam com o desastre: recorrendo à negação, ou defesa, parte intrínseca do mecanismo da mente.
A fina trama do ensaio segue com o exame de escritos e cartas de Freud, que no fim dos anos 1910 recebera seu quinhão de desastres ao viver a Primeira Guerra Mundial e perder uma filha para a gripe espanhola — fato que, especula a autora, teria contribuído enormemente para que ele chegasse ao conceito de “pulsão de morte”, central na teoria psicanalítica.
Já a filósofa política Simone Weil, às vésperas da Segunda Guerra, dedica-se a pensar a justiça e a violência, vendo, por exemplo, na sinistra idolatria que acometia a Alemanha nazista nos anos 1930, um espelho revelador da face da própria Europa — inclusive da França, com sua prepotência colonial.
Qual a face do mundo atual? Rose chama a atenção para a desigualdade entre os mais atingidos nestes últimos tempos — despossuídos, mulheres trancadas em casa com homens violentos, negros vítimas da polícia — e os super-ricos, cada vez mais ricos à custa da exploração da mão de obra e dos recursos do planeta. Mas, ao mesmo tempo, enxerga na explicitação dessas diferenças uma semente que traz imensa oportunidade de transformação. Algo praticamente obrigatório se considerarmos a próxima peste a nos espreitar — a das mudanças climáticas.
Páginas | 160 |
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Data de publicação | 04/11/2024 |
Formato | 20 x 13.5 x 1 |
Largura | 13.5 |
Comprimento | 20 |
Acabamento | Brochura |
Lombada | 1 |
Altura | 1 |
Tipo | pbook |
Número da edição | 1 |
Subtitulo | viver a morte em nosso tempo |
Classificações BISAC | SOC036000; POL029000; POL032000; POL061000; PSY026000; PSY031000; PSY050000; PSY055000 |
Classificações THEMA | JMH; FXK; FXL; JBFF; JHBA; JMAF; JWX; MJCJ4; NHWR5 |
Idioma | por |
Peso | 0.474 |