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Ainda Mais Um Ser Do Capitalismo Tardio
Editora: URUTAU EDITORA
Avaliação:
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Fora de estoqueCódigo: 9786559003150
Categoria: Poesia
Descrição Saiba mais informações
Ao iniciar o livro, Hell pede desculpas para, em seguida, continuar escrevendo “sem culpas”. A ação de se desvencilhar do sentimento cristão de culpa e da ideia de pecado dá o tom dos poemas, que refletem a posição da autore enquanto “mais um ser do capitalismo tardio”. “Só sei viver politicamente” afirma, convidando leitores a se colocarem enquanto sujeitos cheios de agência para se revoltarem contra o capitalismo, indicando os sinais de decadência desse sistema como um feliz prelúdio a seu fim. De quem diz “escrevo, transformo, construo, brinco de demolição”, Hell é a escritora punk da “pele que arde” e “seguirá gritando enquanto haja voz” como uma “louca revolucionaria”. Absurde, relacional, reative, anarke e fronteiriçe, Hell ateia fogo a si mesme ao dizer “Eu não carrego o canivete / Sou o canivete”, “Eu não sou quebrada / Eu sou a própria quebra”. Mas todo esse fogo não vem sem dor; a dor da neuroatipicidade e da ferida do capitalismo. A palavra “dor” é recorrente na obra, em uma tentativa de compartilhar dessa agonia com o mundo e encontrar caminhos de fuga e libertação. Mesmo com toda a dor, a autore encontra beleza em sua forma de existir; “Vibrar em uma sinfonia diferente do mundo / É poético”, afirma. Nessa obra, Hell fala diretamente para os “depressivos, os transviados, os lunáticos, os marginais” como quem diz “estes são os meus”, “eu te vejo”. Em um misto de esperança e resignação, declara: “Seguirei tentando transcender a dor da existência em forma de arte / Seguirei falhando, eu sei.” No entanto, leitores que se identificarem com suas feridas saberão que Hell não falhou.
Mercúria
Páginas | 116 |
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Data de publicação | 11/04/2022 |
Formato | 13x19 |
Largura | 13 |
Comprimento | 19 |
Acabamento | Brochura |
Lombada | 1 |
Altura | 1 |
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