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Código: 9788555270246
Categoria: Contos e Crônicas
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Flor de Guernica desvela, deixa ver, faz ver. Desafia. Bate (depois, assopra). O olhar atento do cronista (do pintor?) revela ao leitor o que está invisível.
Como Picasso, que jogou a dor da guerra no rosto do mundo, Pablo Morenno rompe a casca do olhar o dele e o do leitor já acostumado às feiúras e às belezas do cotidiano. Rasga a pele, fere. Revela, com a tinta das palavras, as dores das feridas abertas, mal cicatrizadas, não tratadas.
A guerra: abandono, injustiça, perdas, dores tão profundas quanto banais. O que sei eu das dores dos outros? O que quero eu saber das dores dos outros? Para o cronista não se trata de querer. Como escreveu Ezra Pound, "os artistas são as antenas da raça e, sendo antena, o cronista não escapa: vê, sente e, ainda bem, se expressa". A arte cumpre seu papel humanizador. O artista cumpre seu papel social.
O artista, aqui, como Picasso em seu Guernica, mostra o feio, mas também revela a beleza possível o amor, os encontros, a memória afetiva, a solidariedade, a flor. E então seguimos acreditando que um mundo melhor é possível. A palavra-arte sendo dor e revelando a cura aos que enxergam a flor onde parece só haver lixo. Aquela flor de Drummond, que furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio. Viva a arte a palavra-arte que nos põe de frente, em frente, à frente da guerra e da flor. E nos faz melhores.
Acabamento | Brochura |
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Páginas | 112 |
Formato | 21 x 14 x 0.8 |
Lombada | 0.8 |
Altura | 0.8 |
Largura | 14 |
Comprimento | 21 |
Data de publicação | 10/10/2018 |
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Código de Barras | 9788555270246 |
Tipo | pbook |
Número da edição | 3 |
Classificações BISAC | YAF058110; YAF067000; FIC029000 |
Classificações THEMA | YXE; YXZW; FYB |
Idioma | por |
Peso | 0.173 |
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