A obra “O Ecogenocídio da Cidade Brumadinho-Minas Gerais e o Acesso à Corte Interamericana de Direitos Humanos: Estudo de Caso”, de autoria de Lutiana Nacur Lorentz, é, antes de qualquer prenotação, um compromisso com as pessoas, com a vida, com os Direitos Humanos. A autora analisou a responsabilidade do nosso país e da empresa Vale S/A frente o Sistema Interamericano de Direitos Humanos — SIDH, tendo como parâmetro o “ecogenocídio” — como acertadamente optou por denominar — decor[1]rente do desmoronamento da Barragem B1 da Mina do Córrego de Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais, ocorrido em 25 de janeiro de 2019. Explorada pela empresa Vale S/A, a Barragem B1 da Mina do Córrego do Feijão desmoronou por excesso de rejeitos, liberando lama tóxica em volume suficiente[1] para soterrar parte da cidade de Brumadinho, causando 272 (duzentas e setenta e duas) mortes, danos ambientais e os mais diversos danos socioeconômicos.