A obra nos coloca O valor antropológico da Direção Espiritual com olhar amoroso diante de uma sociedade em situação de esgotamento e com sentimentos de orfandade, e destaca que a humanidade se apresenta necessitada de orientação e auxílio na travessia, de pessoas que ajudem a discernir sobre o que colocar ou tirar da “mochila” ao longo da caminhada. Diante deste cenário o autor trata do tema da Direção Espiritual na história, método, prática, modalidades etc. Busca conhecer o ser humano a partir da Revelação Bíblica, do conceito cristão de pessoa, sempre sob o olhar da Antropologia Teológica; aborda temas como: dualismo antropológico, educação para a alteridade, arte de escutar, requisitos para ser um(a) diretor(a) espiritual, passando por autores antigos e atuais, até o Magistério de Francisco. Assim, a mensagem do Evangelho precisa continuar a penetrar nos corações humanos. Iniciativas pastorais são reinventadas. É preciso retrabalhar também a Direção Espiritual, fazendo com que esta prática bimilenar do cristianismo corresponda aos atuais desafios e dinâmicas, dando respostas novas no concreto da vida das pessoas que desejam crescer humana e religiosamente. O enfoque é o da necessidade antropológica. O ser humano necessita ser acolhido como pessoa e ser ajudado no processo de abertura para Deus, os outros e o mundo. Enfim, a obra oferece valiosa colaboração à Antropologia Teológica, aos que desejam mergulhar na identidade profunda do ser humano, a vencer o individualismo e a indagar-nos sobre o valor do outro em nossa vida.