Chaos A.D. foi o disco responsável por consolidar o Sepultura entre o público internacional, vendendo mais de um milhão de cópias mundialmente. Até o lançamento do álbum, nenhuma banda brasileira havia sido tão reconhecida fora do Brasil. O impacto foi tão forte que, à época, não havia dúvida: o Sepultura era a maior banda de heavy metal do mundo. Lançado em 1993, Chaos A.D. marcou uma guinada na sonoridade do quarteto mineiro, com uma direção mais cadenciada, repleta de influências da música brasileira, porém não menos pesada. Neste livro, Vinicius Castro destrincha as canções e histórias por trás do álbum, o contexto cultural e as reações de jornalistas e músicos, no Brasil e no exterior, ao novo som da banda – que incorporou elementos regionais como a moda de viola, o violão clássico, a percussão das escolas de samba e os batuques do Olodum. Jornalista especializado em rock, o autor mostra como estamos diante de um álbum da maior importância, que, além de ser um disco definitivo para o metal, conseguiu extrapolar o universo do heavy metal para atingir os mais diversos públicos. Sobre a banda Fundado em 1984 em Belo Horizonte, Minas Gerais, pelos irmãos Max Cavalera (vocal e guitarra) e Iggor Cavalera (bateria), além de Paulo Jr (baixo) e Jairo Guedz (guitarra), o Sepultura ganhou reconhecimento na cena underground brasileira com Morbid Visions (1986), seu álbum de estreia. Em 1991, alcançaram reconhecimento nacional e internacional com Arise. Ao longo dos anos passaram por algumas alterações em sua formação, como a entrada de Andreas Kisser em 1987, completando a formação clássica da banda, a saída de Max Cavalera em 1996, quando Derrick Green entrou para assumir o vocal, e, posteriormente, com a saída de Iggor Cavalera. Maior banda de heavy metal do país, o Sepultura ficou marcado por trazer por fusões rítmicas aliadas a abordagens de questões contemporâneas, deixando uma marca definitiva na cena musical com seu som agressivo e inovador.